outubro 28, 2008

Fogos

.

Sei lá eu preciso de mais um final de semana pra eu voltar pro meu mundo (ir)real sem ter o ímpeto de fazer surgir teu olhar depois de acordar. Sei lá o plano de fundo não muda, e muda tanto, assim bem bom. Sei lá de repente tudo o que cheiro tem a mesma lembrança.


se é doce

se é de madeira

se é de pele 

se é fumaça - ô pai, que doença.


Por isso deixei de contar quantos raios coloridos saem dos fogos que nos iluminam essa noite. Simplesmente me joguei no campo pra admirar a beleza do mosaico que se formava e, quando acendemos o último pavio, ainda via estrelas cor de laranja e raios violeta, ô pai, que doença.


um beijo

uma palavra

uma pegada

um abraço


Saboreio os centésimos dos segundos sem deixar de voar


Chama que eu desço pra te buscar

Suspira que eu canto até o dia raiar.

Um comentário:

José João Jesus disse...

Bela composição. Deixo aqui um certificado da minha leitura. Aliás, aquele poema do circo ficou fantástico. Meus parabéns.