julho 31, 2009

Poesia total (II)

II
Perseguição é fome.

Meus (e nossos) devaneios cortam e mastigam a poesia
Nos levam ao todo. E o sopro que ausculto
é o grito da guarda avante que brada
- Comei!

.
Acordo
ouço aos prantos os clamores; é guerra e somos poucos.

Ao meu lado os guerreiros, infantes. Lutadores.
O sangue marca a fúria dos bravos iguais
Levam ao povo as tragédias dos sacerdotes
e de longe bombardeiam os grandes feudos

Mas são os vanguardeiros que vão adentrar no castelo
abrir as portas para o povo
e construir o mundo novo

À frente os guardas nobres, defensores de uma moléstia
que os anos não souberam curar
filhos dos filhos dos mesmos filhos
Aleijadores dos mesmos que suplicam a sua volta

Mas são os vanguardeiros que vão adentrar no castelo
E neste acosso de verbetes e pensamentos
não sentiremos vergonha em escrever vergonhas
que serão as armas dos irmãos
para o início da nova era.





PS: continuação da poesia introduzida pelo neovanguardista Gabriel Bilhalva. Poesia segue e tem continuação livre em seu blog (.anaphorazero)

Um comentário:

Anônimo disse...

a primeira parte ficou ótima, me lembrou de um velho pensador. tive problemas com a publicação da terceira parte. esperemos.