outubro 02, 2009

Maratona

Celebremos mais um banquete
à nação quoutrora chorou
e hoje brada aos céus e aos ventos
A vitória deste homem (vil)
contra o mundo que o tiraniza

Vamos comer
a carne dos doentes
Vamos beber

o suor dos operários
Vamos dançar
a marcha dos encarcerados
Vamos fornicar
às portas da escola

E o homem que corre à linha de chegada
Não tem mais futuro, sublimado no ofegar

Milhões de pessoas presas a um falso vácuo
Hipnotizados somos, mais uma vez.

"Vestimos agora as peles de quem nos oprime
ao sentarmos junto ao manjar dos eleitos
O chão nunca mais será o nosso derradeiro destino
e o nosso trunfo será o desenvolvimento"


Enquanto eles jogam
Nos uniremos
Eles vibram
Suplicaremos
Eles mandam
Protestaremos

.
Clientes
Até quando
Investidores
nos curvaremos
Usurpadores
sem exigirmos
Estupradores
Insurreição

Aqui, o troféu será ouro, prata e bronze.
Cegos e fartos da luxúria que os condenam, esperamos
à montante perspectivas, à jusante negligência.

.
O pódio desta maratona só merece três medalhas
Feijão, Vida e Labor.

3 comentários:

Marcos Vinícius Ambrosini Mendonça disse...

Parabéns ao Brasil e ao Rio de Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos em 2016.

José João Jesus disse...

Graaande!

Anônimo disse...

Gostei do final... Feijão...

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